Brasileirão 21/09 e cenário da Champions: análises táticas, destaques e o que esperar da próxima rodada
Brasileirão — jogos de domingo (21/09)
Mirassol 2–0 Juventude — pressão organizada, gols na hora certa
Sabe aquele time que não se afoba e escolhe bem o momento de acelerar? O Mirassol fez exatamente isso. Primeiro tempo com saídas curtas bem trabalhadas, muita troca de corredor e infiltração no espaço entre lateral e zagueiro. Reinaldo abriu o placar aos 34’ e Cristian ampliou nos acréscimos — dois golpes que definiram o roteiro. Na volta, o Juventude até subiu bloco, mas faltou último passe e presença diária na área. Vitória adulta do Mirassol, sem sofrer. ESPN.com
Destaque tático: bloco médio do Mirassol que “morde” o portador e fecha linha de passe por dentro, obrigando o rival a cruzar sem vantagem.
Flamengo 1–1 Vasco — clássico de nocaute trocado
Clássico é detalhe — e detalhe tem nome. O Flamengo começou dominando o terço médio e achou o 1–0 cedo com J. Carrascal (11’). O Vasco respondeu rápido com Rayan Rocha (30’), e a partir daí o jogo virou um xadrez: Fla tentando acelerar por fora, Vasco mais reativo e perigoso nas transições curtas. Faltou capricho no penúltimo passe rubro-negro; do lado vascaíno, a escolha de momento pra apertar lá em cima foi boa. Empate justo, cada um fazendo força no que tem de melhor. ESPN.com
Destaque tático: Vasco defendendo em 4-4-2 compacto, com basculação rápida do lado da bola; Fla colocando ponta aberto pra esticar lateral e criar corredor pro meia.
Internacional 2–3 Grêmio — loucura Gre-Nal com virada e bola aérea
Gre-Nal com roteiro de cinema. O Inter abriu com Alan Patrick (pênalti, 21’ e 45’+6), mas o Grêmio jamais saiu do jogo: empatou com C. Vinícius (29’) e André Henrique (45’+8) e virou com Alysson Edward (62’). O Inter ainda teve gol anulado/lances quentes e ficou no “quase” quando Arthur (73’) botou pressão. O Grêmio venceu na agressividade pós-perda e num jogo aéreo que desequilibrou. Clássico que muda vestiário. ESPN.com
Destaque tático: bola parada e cruzamentos com superioridade numérica de ataque ao segundo pau. Inter sofreu defendendo o espaço entre zagueiro e lateral.
Sport 1–0 Corinthians — Ilha do Retiro é caldeirão
Jogo com cara de Série A raiz: duelo físico, campo encurtado e cada bola valendo muito. Matheuzinho (49’) decidiu pro Sport, que foi eficiente em transições verticais e não cedeu profundidade ao Corinthians. O Timão teve posse, porém pouca ruptura; quando acelerou, esbarrou em boa proteção da área dos mandantes. Três pontos grandes no Recife. ESPN.com
Destaque tático: Sport baixando bloco e “encaixando” marcações no meio; Corinthians careceu de terceiro homem entre linhas pra acelerar tabelas.
Cruzeiro 2–1 Bragantino — leitura de jogo e banco que decide
O Braga começou melhor e saiu na frente com Jhonatan (26’), muito por causa do gatilho de pressão no primeiro passe cruzeirense. A Raposa se ajustou, baixou erro técnico e foi premiada: Lucas Silva (45’+2) empatou e Kaiki (77’) virou com presença ofensiva pela esquerda. Belo ajuste de lado a lado, mas o Cruzeiro venceu por controle emocional e bola parada bem batida. ESPN.com
Destaque tático: Cruzeiro alternando saída 3+1 e 2+2 pra escapar da pressão; Bragantino perdeu intensidade na última meia hora.
Santos 1–0 São Paulo — clássico tenso, decidido na faca
Jogo travado na Vila, muito duelo individual e pouca entrelinha limpa. O Santos fez o que a partida pedia: Guilherme Augusto (60’) aproveitou rara janela e guardou. O São Paulo teve volume, mas faltou timing de ataque à última linha—quando tentou acelerar por dentro, trombou em coberturas bem coordenadas do Peixe. Vitória de personalidade santista. ESPN.com
Destaque tático: Santos alternando 4-4-2/4-5-1 sem bola, com extremo oposto fechando funil; Tricolor criou, mas sem clareza no último terço.