River 1×2 Palmeiras: autoridade no Monumental e vantagem na ida (17/09/2025)
Gols de Gustavo Gómez e Vitor Roque premiam um 1º tempo dominante do Verdão; River reage após o intervalo e diminui com Martínez Quarta, deixando a série aberta para o Allianz Parque.
No Más Monumental, em Buenos Aires, o primeiro jogo das quartas da Libertadores opôs um River em 3-1-4-2 contra um Palmeiras em 4-2-3-1. A arbitragem foi de Jesús Valenzuela.
1º tempo: pressão, bola parada e profundidade
O Palmeiras impôs o ritmo desde o início. Aos 6’, Andreas Pereira cobra escanteio milimétrico e Gustavo Gómez testa para abrir o placar: 0–1. A mecânica de bola parada — bloqueios curtos, ataque frontal do capitão — apareceu exatamente como treinada. ESPN.com
Mesmo após o gol, o Verdão permaneceu agressivo. Lucas Evangelista acertou a trave aos 19’ em nova bola aérea trabalhada; era o sinal de que o time de Abel Ferreira controlava zonas e segundas bolas. Pouco antes do intervalo, Flaco López fixa o zagueiro e aciona Vitor Roque em diagonal curta; o camisa 9 define rasteiro e amplia aos 41’: 0–2. ESPN.com
2º tempo: River sobe linhas, Verdão sofre e resiste
Empurrado pela torcida, o River assumiu a posse e cercou a área. Houve reclamação de pênalti em saída de Weverton e, depois, checada no VAR após choque de Montiel com o goleiro — o árbitro apontou impedimento na origem do lance. Marcos Acuña ainda apareceu com finalização cruzada perigosa por volta dos 29’ do 2º tempo. Quando o 0–2 parecia consolidado, Martínez Quarta descontou no fim, em chute que desviou em Piquerez: 1–2. O apito final registrou vantagem paulista e um duelo vivo para a volta. ESPN.com
Números que contam a história
Mesmo com o River acumulando a bola (66% de posse e 17 finalizações), o Palmeiras foi mais cirúrgico: 4 chutes no alvo em 8 tentativas, contra 3/17 do rival. Escanteios: 7×2 para os argentinos — e, paradoxalmente, foi a bola parada alviverde que abriu o caminho. ESPN.com
O plano de Abel (e as respostas do River)
Estrutura do Verdão (4-2-3-1): bloco médio com laterais contidos, dupla de meio-campistas protegendo a entrada da área e meia de bola parada (Andreas) responsável por acelerar transições e calçar bolas paradas. López funcionou como pivô para Vitor Roque atacar o espaço curto — exatamente no 2º gol. ESPN.com
River de Gallardo: início com problemas de “emparelhamento” no meio, reconhecidos pelo próprio técnico, e ajuste após o intervalo com linhas mais adiantadas, amplitude nos corredores e avalanche final que gerou o 1–2. (Gallardo admitiu domínio palmeirense no 1º tempo e reforçou: “estamos vivos” para a volta.) ESPN.com
Personagens do jogo
Gustavo Gómez — gol aos 6’ e liderança nas duas áreas; segue ampliando a marca de zagueiro com mais gols da história da Libertadores. SE Palmeiras
Vitor Roque — mobilidade, diagonais e frieza na definição; vive fase de protagonismo e decidiu a transição do 2º gol. ESPN.com
Weverton — presença em bolas altas e tranquilidade nos minutos de pressão; é o jogador com mais vitórias na história da Libertadores (64). SE Palmeiras
Leitura tática fina
O 1º tempo “avassalador” citado pela ESPN resume a vantagem posicional do Palmeiras: superioridade no meio-campo de segunda bola, circulação objetiva e ameaça constante na bola parada. No 2º, o River esticou o campo, acionou o lado de Acuña e acumulou cruzamentos — volume sem tanta precisão, mas suficiente para encurtar o marcador e levar a série viva a São Paulo. ESPN.com+1
Contexto histórico e o que vem pela frente
A vitória em Buenos Aires representa a 50ª do Palmeiras contra clubes argentinos em jogos oficiais e amplia sequências de invencibilidade fora de casa na Libertadores, onde o clube empilha marcas de visitante. SE Palmeiras
A volta acontece no Allianz Parque, em 24/09, 21h30 (Brasília). O Verdão joga pelo empate para avançar; derrota por um gol leva a disputa aos pênaltis.